Os diferentes tipos de solo, para o cultivo da vinha, não são apenas uma obsessão de sommeliers e profissionais, é um componente chave no resultado final. 




A vinha é muito exigente com o clima, mas tem uma extraordinária adaptabilidade a diferentes tipos de solos. Dito isto, ela também tem suas preferências para o terreno.

A videira não gosta de solos férteis, que dão vinhos pouco finos e não propensos ao envelhecimento, os quais dão resultados com inferior qualidade em solos macios, úmidos e salgados (e aqui emergem memórias do ensino médio de Ulisses tentando se passar por louco jogando sal no campo).

Solos pobres e bem drenados são os melhores para o vinho.

O conceito é: menos água, mais concentração de sabores nas uvas e no copo. 

Um exemplo? Os solos chamados "Tumba", que são pedregosos e, portanto, causam uma pobreza de água para a videira, permitem conter o crescimento das uvas e, portanto, concentrar açúcares e aromas.

As áreas montanhosas são excelentes para uma viticultura de qualidade. Por várias razões, interessa-nos aqui a excelente drenagem devido à inclinação do terreno.




Uma dúvida recorrente é: a mesma videira dá resultados diferentes de acordo com os vários solos?Sim, em solos diferentes, a mesma videira dá vinhos diferentes. Basta pensar no Nebbiolo cultivado no Langhe, enquanto outras expressões da mesma videira são alcançadas pela mesma uva na área de Vercelli (Gattinara e Bramaterra), na área de Biella (Lessona), na área de Novara (Fara, Sizzano, Ghemme), na região de Turim (Carema), no Valle d'Aosta (Donnaz e Arnad-Monjovet), até Valtellina Superiore com seus vinhedos heróicos.

Algumas vinhas adaptam-se muito bem a diferentes solos, mas a maioria dá o seu melhor em algumas condições específicas, citaremos alguns exemplos, mas é papo para outro post!