No Norte da Itália, com 4,3 milhões de habitantes, distribuídos em 25.000 km², tendo como capital a pujante Turin, o Piemonte, é uma das regiões do mundo, mais próspera e importante, na produção de vinhos.


    


Plínio, o Velho,  já falava sobre uma "uva spinea", que provavelmente está na origem do nome "Spanna", o termo usado para Nebbiolo no Piemonte.

Marches Colbert Falletti di Barolo,  Louis Oudart, Conde Camillo Benso di Cavour e o Gen. Francesco Staglieno, foram quatro personalidades que mudaram a história no Piemonte. 


        


Antes deles, Barolo era muitas vezes um vinho efervescente, doce, principalmente como resultado da má higiene e falta de atenção na produção.

Com 26% de planícies, 31% de colinas e 43% de terrenos montanhosos, mais de 90% da produção vinícola da região ocorre em áreas montanhosas, com sistemas modernos de viticultura como o Guyot, principalmente uvas tintas, com algumas notáveis uvas brancas nativas e internacionais cultivadas também. 


    


As colinas em torno de Turim consistem em pórfiro e granito, enquanto os solos mais férteis são os das colinas de Lange e Monferrato, composto por marga (espécie de calcário), arenito e giz. 

O clima é continental, com altas temperaturas, invernos frios e verões quentes; a precipitação é constante.

Uma característica importante é a umidade considerável que dá origem ao nevoeiro em áreas montanhosas. 

Difícil eleger a melhor área dentro do Piemonte, só indo até lá e vendo o quão impressionante é!

Além do Nebbiolo, existem muitas castas tintas cultivadas, como Barbera, Dolcetto, Freisa, Grignolino, Brachetto, e muitas outras castas que estiveram próximas da extinção, mas que aos poucos estão regressando, como Avanà, Ruché, Pelaverga Grosso e Pelaverga Piccolo, Malvasia di Schierano e Malvasia di Casorzo apenas para citar alguns.

Mais de 45% dos vinhos produzidos no Piemonte são DOC e DOCG, contra a média italiana de cerca de 15%.

O Piemonte é simplesmente um espetáculo!

Ficar hospedado por lá, é uma experiência incrível, mas vá sem pressa, porque lá, assim como em toda a Itália, pressa não existe no dicionário deles.

Italiano para morrer de morte súbita, leva uns oito meses!

Estivemos algumas vezes por lá, e conhecemos vários produtores, cada um com suas peculiaridades, mas todos, absolutamente todos, esbanjam simpatia e muito orgulho pelo trabalho desenvolvido ao longo dos anos. 

É muito prazeroso sentar à frente de um produtor e, acompanhado sempre de um bom vinho, ouvir as histórias, e eles têm muita para contar... 

 

 

Fonte: Federdoc